terça-feira, 15 de abril de 2008

De vento em popa, Capitão!

"Terra a vista!" disse o marujo da gávea. E leva o Capitão seu navio para a nova descoberta. Encontra povos, culturas, tesouros, problemas e soluções em cada lugar onde atraca. Não pára, não descansa. Sempre novos caminhos a buscar, o Sol nascerá amanhã, senhores! Ignorem qualquer idéia dissuativa...
Vivemos a buscar tesouros, somos nos piratas em busca de ouro, apenas? Quando tivermos todas as áureas libras desse mundo, cairemos exaustos sem um sentido.
É esse o sentido? Vagas espumam aos nossos pés, sussurando a resposta...
Deixe-as todas levar nossa corrupção, angústia e ferida. Nem sangue lavaria tais chagas de um lobo do mar. Ficarão todas as respostas límpidas, claras. Buscar...

O Sol,
o mar,
uma ilha paradisíaca,
a dor, depois o alívio,
o amor, a desilusão e o fim do coração.
Não há mais coração? E vê-lo novamente bater...
Esquecer tudo isso, e voltar-se para um ácida laranja,
uma nova especiaria, uma nova língua numa nova capitania.
Uma nova vida, e voltar à antiga, e misturar todas elas
em um único diário de bordo, de capa vermelha.
Num único mapa, do verdadeiro tesouro,
guardado dentro de um simples nada,
à volta de nossas almas nômades. ... . . ... . . ... . . ... . . ... . . ... . . ... . . ... . . ... . . ...
Deixe o navio partir,
o espírito partir.
Isole o resto na ilha de partida, para nunca mais voltar.
Somos, ou deveríamos ser, todos lobos do mar.

(O Capitão dá seu adeus, e recomenda a viagem.)

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